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40 anos da Fiat no Brasil

17/08/2016

Em 1976 a Fiat chegava ao Brasil e instalava sua primeira fábrica no país em Betim (MG), longe do já tradicional polo automotivo paulista. O primeiro carro a ser fabricado foi o Fiat 147, o primeiro automóvel produzido em série no mundo movido a álcool. O espírito bem humorado do brasileiro rapidamente apelidou-o de “cachacinha”. E o apelido ficou. 

O modelo é inspirado no 127 europeu, porém enfrentou uma série de problemas, que inclusive atrapalharam a formação da imagem da montadora no país. As famosas falhas na correia dentada e polêmica transmissão manual de quatro marchas são, até hoje, estigmas que pesam contra o veterano que completa, junto com a Fiat Brasil, 40 anos de vida. 

Defeitos à parte, foi capaz de gerar uma produção de mais de 700 mil unidades até 1986, ano em que foi encerrada sua fabricação local. Foi o primeiro produto nacional que contava com motor transversal (4- cilindros. 1 litro, oito válvulas, carburador de corpo simples, 55cv e 7,8kgfm), o que permitiu a redução do cofre e a aplicação de 80% de seu espaço interno aos ocupantes e bagagens.

Por falar em porta-malas, o do 147 não precisava abrigar estepe e macaco, que eram presos no próprio compartimento do motor (!). Tudo isso otimizava o uso dos 3,63 metros de comprimento -- 40 cm menor que o concorrente Volkswagen Brasília; 7 cm maior que o atual compacto da Fiat, o Mobi.

Muita coisa mudou de 1976 para cá no universo automotivo: a evolução tecnológica permitiu construir veículos cada vez mais completos, complexos, seguros e interativos. Não é preciso conhecer muito da mecânica: basta sentar e dar a partida (muitas vezes sem nem precisar girar a chave na ignição). Por outro lado, para guiar e usar cada uma das muitas funções dos novos carros é quase necessário fazer um "cursinho pré-vestibular" -- bem diferente do "acelera e anda" de antes. 

Fiat 147 e Toro sintetizam essa mudança na linha da Fiat, que completa 40 anos no Brasil. Enquanto a picape representa o que mais de moderno está no portfólio da montadora (é inclusive feita na fábrica de Goiana-PE, unidade mais avançada da Fiat-Chrysler no Mundo), o hatchzinho elenca as precariedades da época.

Ao mesmo tempo, o 147 é capaz de gerar uma relação muito mais íntima entre o motorista e seu carro: ter os cuidados adequados, conhecer todas as manhas era um exercício necessário para lidar com os modelos da época.


 

Fonte: www.carros.uol.com.br

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