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Saída do Reino Unido da UE pode impactar preços dos carros ingleses no BrasilTítulo
04/07/2016
Mesmo com a desvalorização da moeda britânica, os valores sugeridos podem até aumentar.
Em decisão histórica, os britânicos decidiram em referendo deixar a União Europeia (UE). A opção de "sair" venceu a de permanecer no bloco europeu por mais de 1,2 milhão de votos de diferença. Com a divulgação da notícia, a libra esterlina, moeda oficial do Reino Unido, despencou e chegou a atingir o menor valor frente ao dólar em 31 anos.
Esse cenário de moeda desvalorizada e também de incertezas sobre tarifas de importação afeta diretamente qualquer montadora que produza no Reino Unido. Marcas britânicas tradicionais, como Mini, Jaguar e Land Rover, podem ter suas produções e lucros afetados. “Acredito que em curto prazo não devemos sentir no Brasil nenhuma mudança. Porém, a médio prazo e com a desvalorização da libra, aposto em um pequeno aumento de preços a fim de manter a mesma margem de lucro”, diz Milad Neto, gerente de negócios da consultoria (também inglesa) Jato Dynamics.
Por enquanto, as empresas britânicas que têm atividades fora da Inglaterra preferem não fazer previsões, nem realizar diagnósticos antecipados. Em nota, a Mini declara que respeita a decisão do eleitorado britânico de deixar a União Europeia, mas que não tem intenções de especular sobre os resultados dessas negociações. E ressalta seu compromisso com a produção no Reino Unido. Já a Jaguar Land Rover afirma que o momento ainda é muito instável para declarar algo sobre uma nova política de preços.
Vale lembrar: atualmente a Mini pertence ao grupo alemão BMW. E a Jaguar Land Rover é uma subsidiária do grupo indiano Tata Motors. Mas ambas mantém fábricas localizadas na Inglaterra que exportam para todo o planeta, incluindo o Brasil.
No caso da Land Rover, ela acaba de inaugurar uma fábrica em Itatiaia (RJ) para produzir o Evoque e o Discovery Sport. Apesar da produção local, diversos componentes essenciais - como os motores - conitnuam a ser importados da Inglaterra, sem previsão de nacionalização.
Fonte: Quatro Rodas